terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A carta de uma psiquiatra sobre ´´Cinquenta Tons de Cinza´´ para os jovens

A carta de uma psiquiatra sobre ´´Cinquenta Tons de Cinza´´ para os jovens


By  on 15:32





Por Miriam Grossman

Não há nada de cinza sobre os 50 tons de cinza. É tudo preto.

Deixe-me explicar.

Eu ajudo pessoas que estão quebradas por dentro. Ao contrário dos médicos que utilizam raios X ou exames de sangue para determinar por que alguém está com dor, as feridas que me interessam estão ocultas. Faço perguntas e ouço atentamente as respostas. É assim que eu descubro por que a pessoa na minha frente está "sangrando".


Anos de escuta atenta me ensinaram muito. Uma coisa que eu aprendi é que os jovens são totalmente confusos sobre o amor - para achá-lo e mantê-lo. Eles fazem escolhas erradas e acabam sofrendo muito.


Eu não quero que você sofra como as pessoas que vejo em meu escritório, por isso estou avisando sobre um novo filme chamado Cinquenta Tons de Cinza. Mesmo se você não ver o filme, sua mensagem tóxica está se infiltrando na nossa cultura e poderia plantar ideias perigosas em sua cabeça.


Cinquenta Tons de Cinza está sendo lançado no Dia dos Namorados, então você vai pensar que é um romance, mas não caia nessa. O filme é realmente sobre uma relação doentia e perigosa, preenchido com abuso físico e emocional. Parece glamouroso, porque os atores são lindos, têm carros caros e aviões, e Beyonce está cantando. Você pode concluir que Christian e Ana são legais e que seu relacionamento é aceitável.


Não se permita ser manipulado! As pessoas por trás do filme só querem o seu dinheiro; eles não se preocupam nem um pouco com você ou seus sonhos.


Abuso não é glamouroso ou legal. Nunca é OK, sob quaisquer circunstâncias.


Isto é o que você precisa saber sobre Cinquenta Tons de Cinza: Christian Grey foi terrivelmente negligenciado quando era uma criança. Ele está confuso sobre o amor, porque ele nunca experimentou a coisa real. Em sua mente, o amor está emaranhado com sentimentos ruins como dor e o constrangimento. Christian gosta de machucar mulheres de formas bizarras. Anastasia é uma menina imatura que se apaixona pelos olhares e pela riqueza de Christian, e tolamente segue seus desejos.


No mundo real essa história iria acabar mal, com Christian na cadeia e Ana em um abrigo - ou morgue. Ou Christian continuaria batendo em Ana, e ela sofreria como nunca. De qualquer maneira, as suas vidas não seriam um conto de fadas. Confie em mim.


Como médica, estou lhe pedindo: não assista Cinquenta Tons de Cinza. Se informe, conheça os fatos e explique aos seus amigos por que eles não devem assitir também.


Aqui estão algumas das ideias perigosas promovidas em Cinquenta Tons de Cinza:


  • 1. As meninas querem caras como Christian: Grosseiro e que mande nela.


Não! Uma mulher psicologicamente saudável evita dor. Ela quer se sentir segura, respeitada e cuidada por um homem que ela pode confiar. Ela sonha com vestidos de casamento, não algemas.


  • 2. Homens querem uma garota como Anastasia: Calma e insegura.


Errado. Um homem psicologicamente saudável quer uma mulher que sabe se defender por si mesma. Ele quer uma mulher que o corrija quando ele sair da linha.

  • 3. Anastasia exerce livre escolha quando ela consente em ser machucada, então ninguém pode julgar a sua decisão.


Lógica falha. Claro, Anastasia tinha livre escolha - e ela escolheu mal. A decisão auto-destrutiva é uma má decisão.

  • 4. Anastasia faz escolhas sobre Christian de forma racional e distante.


Duvidoso. Christian constantemente serve Anastasia com álcool, prejudicando seu julgamento. Além disso, Anastasia se torna sexualmente ativa com Christian - sua primeira experiência - logo após conhecê-lo. O sexo é uma experiência poderosa - particularmente na primeira vez. Finalmente, Christian manipula Anastasia para assinar um acordo que a proíbe de falar a alguém que ele é um abusador. Álcool, sexo e manipulação - dificilmente seriam os ingredientes de uma decisão racional.

  • 5. Os problemas emocionais de Christian são curados pelo amor de Anastasia.


Apenas em um filme. No mundo real, Christian não mudaria de forma significativa. Se Anastasia quisesse ajudar pessoas emocionalmente perturbadas, ela deveria ter se tornado uma psiquiatra ou uma psicóloga.


A principal questão: as idéias de Cinquenta Tons de Cinza são perigosas e podem levar à confusão e más decisões sobre o amor. Existem grandes diferenças entre os relacionamentos saudáveis e não-saudáveis, mas o filme borra essas diferenças, de modo que você começa a se perguntar: o que é saudável em um relacionamento? O que é doentio? Há tantos tons de cinza ... Eu não tenho certeza.


Ouça, é da sua segurança e do seu futuro que estamos falando aqui. Não há margem para dúvidas: uma relação íntima que inclui violência, consensual ou não, é completamente inaceitável.


É preto e branco. Não existem tons de cinza aqui. Nem mesmo um.


Fonte: Megmeekermd traduzido e adaptado por Psiconlinews


Fonte: http://www.psiconlinews.com/2015/02/a-carta-de-uma-psiquiatra-sobre.html



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Os obscuros "50 tons de cinza" - Uma boa oportunidade para conversar com seu filho

Os obscuros "50 tons de cinza" - Uma boa oportunidade para conversar com seu filho

Tradução publicada na página Igreja Hoje do site Medium.com - Texto original de Sheila Liaugminas pulicado na revista eletrônica Mercatornet.


Imagem por Clément, sob licença Creative Commons

Não importa como a série de livros “50 tons de cinza” veio a se tornar tão popular. Prefiro deixar os cientistas sociais desvendarem as causas e nos ajudarem a avaliar os danos em nossa cultura nas últimas cinco décadas. Mas pelo fato de ter se transformado em um filme com orçamento pesado, cuidadosamente rodado e produzido, astutamente propagandeado, a ser lançado no final de semana do dia dos namorados (uma ironia cruel) as pessoas precisam estar conscientes a respeito do que se trata. Muitos não estão. [Nota do tradutor: o dia dos namorados nos países do hemisfério norte, como os EUA e o Reino Unido, é comemorado em 14 de fevereiro].

Logo nas suas primeiras páginas, “50 tons de cinza” está seguramente situado no campo das ficções medíocres para o grande público. O leitor se depara com uma cena clichê e ao mesmo tempo bizarra na qual a protagonista descreve detalhadamente sua aparência no espelho. Continua com uma qualidade de prosa e caracterização dos personagens que não parece compatível com o grande sucesso do livro, se não fosse o fato de o gênero explorar as fantasias eróticas dos leitores — neste caso, as fantasias de centenas de milhares de leitores noturnos, ávidos por uma elaboração violenta do conto do amor proibido.

Um autor coloca a questão nestes termos: “Dois anos atrás, os vampiros estavam na moda. Agora a moda é a BDSM (sigla para designar uma classe de práticas eróticas baseadas na dominação, submissão, sadismo e masoquismo). Práticas eróticas não convencionais é o novo vampiro.”

Infelizmente, a BDSM de fato existe, ao passo que os vampiros não…


Esses pensamentos podem ser complementados pelas ideias de Miriam Grossman, com sua análise muito bem qualificada e fundamentada sobre os temas abordados no filme “50 tons de cinza”. Ela fala com autoridade de especialista a respeito de jovens leitores ávidos pelas lendas de amor proibido, mas desprovidos de um entendimento a respeito do amor verdadeiro. De fato, a doutora Grossman escreveu um série de quatro artigos para auxiliar os interessados a navegar neste campo minado. Trata-se de um guia de sobrevivência para os pais sobre como falar com adolescentes e jovens adultos a respeito do tema.

Há muitas questões a serem discutidas com esses leitores, pois eles estão completamente perdidos. O que eu quero e como eu consigo o que quero? Como eu lido com a pressão dos meus colegas e como sobreviver em uma cultura libertina? Existem consequências para o sexo, ou é apenas diversão? O que é normal? O que não é?

Esses leitores são jovens que se saem muito bem em outras áreas. Eles são bem sucedidos na escola e com os amigos; alguns deles são músicos e atletas talentosos. Mas e o romance? É aí que eles estão totalmente desorientados, e há muitas lágrimas, raiva e remorso.

Frequentemente, penso comigo: sei que estes jovens têm pais responsáveis, que os amam… mas onde eles estão? Mães e pais, avós, eu vos rogo: não importa o quão bizarro isso seja, vocês precisam falar com os seus filhos sobre a intimidade — ou seja, sobre o que é e o que não é. Não estou falando apenas de adolescentes, mas também de adolescentes que já são maduros, que saem com outros adolescentes.


Eis aqui a oportunidade perfeita. O presente de Hollywood para nós neste dia dos namorados é o filme “50 tons de cinza”. Com a propaganda milionária da Universal Pictures, e uma trilha sonora da Beyonce, seus filhos estão prestes a ser bombardeados com uma mensagem perigosa sobre o amor. Mas como isso pode ser considerado um presente?

“50 Tons de Cinza” ensina a sua filha que a dor e a humilhação são eróticos, e ao seu filho ensina que as meninas querem caras que controlam, intimidam e ameaçam. Em poucas palavras, o filme retrata o abuso físico e emocional como sexualmente estimulante para ambas as partes.

Você bem sabe que essas são mentiras atrozes, mas seus filhos podem não estar seguros disso. Se o mundo fosse um lugar melhor, eles não teriam que ouvir essas coisas brutalizantes. Mas este é o mundo em que vivemos.

A boa notícia é que você pode tirar proveito disso. Não se desespere, pois há aí uma chance de você se conectar com seu filho e ajudá-lo de um modo único. Toda referência da mídia ao filme é uma oportunidade preciosa, uma chance de avisar seu filho a respeito da manipulação em curso. É um prato cheio para uma discussão sobre relacionamentos doentios — como reconhecê-los e evitá-los.

Você pode se preparar para isso fazendo a seguinte lição de casa:

1. Informe-se sobre o enredo do filme e seus personagens principais, Christian e Anastasia — isso lhe dará credibilidade. Faça isso lendo uma sinopse, como a que está disponível no Wikipedia
.

2. Identifique algumas oportunidades para um tempo privado e ininterrupto com seu filho. Talvez no carro, ou enquanto estão juntos na garagem ou na cozinha. Se você acha que não será possível, considere uma pequena recompensa, por exemplo “tem algo realmente importante que gostaria de lhe falar. Se você desligar o seu telefone por quinze minutos enquanto nós conversamos, te darei vinte reais”. Não há nada de errado nisso.

Meu objetivo é este: que no dia dos namorados você diga “Obrigado, Universal Pictures”. Eu costumava adiar aquela conversa com meu filho sobre este tema difícil. Mas o filme “50 Tons” é tão extremo, tão absurdo, que tive que tomar uma atitude. E agora estou tão satisfeito por isso… pois nós tivemos uma das conversas mais importantes de nossas vidas.

Bom conselho. Pois esses jovens interagindo todo o tempo com as mídias e a cultura pop estão certamente confusos. Mas também seus pais. Eu recebi Patrick Trueman no meu programa esta semana. Ele é ex-diretor da seção de Exploração Sexual Infantil e Obscenidade do Departamento de Justiça, e atual presidente do Centro Nacional de prevenção à Exploração Sexual. Discutimos como sua organização está envolvida no combate ao uso frequente da pornografia violenta sob o disfarce da fantasia romântica. Ele disse que esse filme promove a tortura, o abuso e o sadomasoquismo, legitima a violência doméstica, e, particularmente, a violência contra a mulher.

No mesmo dia, uma amiga entusiasmada com o planejamento de seu casamento contou-me, ansiosa, sobre duas mulheres conhecidas suas que estavam planejando ver o filme no dia da estreia. Uma delas é a sua futura sogra. A outra uma colega que trabalha em um abrigo para mulheres que sofreram abuso. Esta é, declarou minha amiga, a extensão da total ignorância das pessoas a respeito da realidade atroz e perversa retratada neste filme. E isso reforça a necessidade que temos de informar o máximo de pessoas que pudermos.


Sheila Gribben Liaugminas é uma jornalista norte-americana ganhadora do prêmio Emmy. Ela cobre assuntos de fé, cultura, política e mídia.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

50 TONS DE CINZA - Cinquenta Tons de Pornografia

50 TONS DE CINZA - Cinquenta Tons de Pornografia

Tim Challies – Cinquenta Tons de Pornografia 

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A pornografia ter sido tradicionalmente uma indústria que atende quase inteiramente aos homens. Sempre houve exceções, é claro, mas predominantemente eram homens que compravam revistas e vídeos numa era pré-digital e têm sido os homens que tornaram a pornografia uma indústria multibilionária na era da Internet. Se a indústria faz seu próprio caminho, está prestes a mudar.
 

Nós tendemos a crer que homens são especialmente inclinados à sedução da pornografia. Homens tendem a ser estimulados visualmente, homens tendem a se masturbar mais na adolescência — nós ouvimos as razões. Mas considere isto: E se a relação entre os homens e a pornografia está relacionada a um tipo muito específico de pornografia? E se as mulheres não foram atraídas para a pornografia, pelo menos em parte, porque a indústria simplesmente não tentou criar e comercializar pornografia que apela primariamente a elas? E se isso está prestes a mudar?
 

Mulheres, vocês precisam estar conscientes, pois os pornógrafos estão vindo atrás de vocês. Sim, vocês.
 

Há muito que pode ser dito a respeito da série de livros 50 Tons de Cinza; o que está além de contestação é que os livros — que estão atualmente em 65 milhões de cópias — chocaram o mundo da publicação revelando a existência de um mercado antes inexplorado. O segredo está revelado: Há milhões de mulheres quelerão pornografia mesmo se elas tiverem pouco interesse em assistir pornografia. Editores, tanto comuns quanto pornográficos, estão anotando. Estão estudando o fenômeno 50 tons para ver como eles podem duplicá-lo, ou pelo menos aproveitar-se de seu sucesso. Como qualquer indústria, eles têm pesquisas e grupos de concentração e estatísticas, e infinitas quantidades de dados que primeiro medem, e depois transformam o comportamento.
 

Um recente artigo na CNBC explica que a pornografia tradicional foi criada por homens, para homens. Esta pornografia tende a afastar qualquer coisa além do mais rudimentar enredo em favor da mais barulhenta exibição de fantasias extremas. É pura carnalidade e as mulheres tendem a não achar isso especialmente sedutor. De fato, muitas acham francamente repulsivo, especialmente elas acham que seus maridos querem que elas reproduzam algumas daquelas coisas. Mas 50 tons e outros produtos recentes estão provando, para a surpresa de muitos, que as mulheres são, também, sexuais. Onde os pornógrafos pensavam que as mulheres simplesmente não estavam interessadas, agora veem que elas podem estar muito interessadas, mas isso exigirá um tipo diferente de produto. A indústria está se ramificando numa tentativa de tirar vantagem. Estão agora trabalhando duro para criar pornografia para mulheres.
 

Em contraste com a pornografia tão predominante hoje, essa nova pornografia tem uma estória, um enredo. O fundador e presidente de uma empresa diz: “Não vamos filmar posições hardcore ou os mais extremos elementos de filmes adultos. Isso é mais fazer amor do que [termo vulgar].” Ela se concentra em questões que possam repercutir entre as mulheres: apaixonar-se pela primeira vez, ou a fuga de um casamento que perdera seu brilho. É essencialmente comédia romântica, uma leve novela romântica, mas com o conteúdo sexual aumentado tanto em tempo quanto na explicitude. Afinal, o que é Cinquenta Tons de Cinza senão um romance com 60 ou 70 páginas de sexo gráfico e excêntrico? Uma roteirista e diretora desse tipo de filme foi citada na revista Slate dizendo: “Nós fizemos pesquisas demográficas suficientes para saber que uma grande porcentagem de mulheres que assistem nossos filmes não querem ver [atos sexuais vulgares e gráficos]. … Elas querem sexo conectado e muitas preliminares. Achamos que casais mais velhos gostam de assistir isso porque são da era antes da internet, e o que estamos oferecendo é muito mais manso e construído no momento ao invés de estar lá na sua cara.”
 

Os pornógrafos estão até criando mais filmes para casais. Isso é pornografia que pode unir as distâncias; um pouco manso demais para homens, e um pouco vigoroso demais para mulheres, mas é feito para ser experimentado juntos. É um meio de convidar os outros ao quarto do casal, mesmo que apenas virtualmente. Pode até mesmo servir como um portal, um meio de um homem apresentar a pornografia à sua esposa.
 

Em qualquer caso, quer a pornografia seja para homens, mulheres ou casais, o coração dela é o mesmo. Tudo se trata de fantasia, de imaginar-se em um contexto diferente com uma pessoa diferente fazendo coisas diferentes. É um homem imaginando uma mulher que se comporta como um homem, ou uma mulher imaginando um homem que se comporta como uma mulher.
 

Essa pornografia para mulheres já está disponível, e mais vem por aí. Muito mais. Essa indústria sabe o que atrai os homens e sabem exatamente como comercializar, exatamente onde colocar para fazê-los comprar. E agora estão vindo atrás das mulheres. Estão estudando as mulheres e aprendendo exatamente como comercializar e exatamente onde colocar para fazer com que você também compre. Se foram tão bem sucedidos com homens, deveríamos zombar e imaginar que eles não poderiam jamais ser bem sucedidos da mesma maneira com mulheres?
 

As mulheres podem imaginar-se olhando para esse tipo de pornografia entediadas, pensando que serão imunes a ela. Mas lembre-se, há muitos produtos que você usa hoje, muitos produtos que você não pude imaginar sua vida sem eles, que teriam gerado a mesma reação. Se dez anos atrás alguém tivesse descrito o Facebook para você, você teria rido alto. Muitas pessoas riram do iPhone e do automóvel também. Nós frequentemente não sabemos o que queremos ou precisamos até que essas mesmas coisas sejam comercializadas para nós. Elas são comercializadas habilidosamente e sutilmente em medida crescente.
 

Espero que a indústria seja menos bem sucedida em criar pornografia que atraia tão bem as mulheres e esteja tão facilmente disponível para elas. Espero que as mulheres sejam mais perspicazes que os homens quando se trata da sedução da pornografia e que elas estejam equipadas para resistir a ela com sucesso. Mas com toda a devastação que a pornografia trouxe aos homens, suas famílias, suas igrejas, por que Satanás não tentaria repetir seu golpe de mestre? Até agora, a sedução da pornografia tem sido primariamente sentida por homens mesmo enquanto muito da dor que ela causa tem sido descarregada sobre suas esposas. Amanhã podemos ter também muitos homens feridos, chorando pelo que eles descobriram e nunca teriam suspeitado a respeito das mulheres que amam.
 

Não há razão para temer, mas há toda razão para ficar atento. Há toda razão para ser humilde e duvidar de si mesmo. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Temos toda a razão para tornar isso um motivo de oração.



Por Tim Challies. © Tim Challies, 2002-2013. Todos os direitos reservados. Original:50 Shades of Porn
Tradução: Voltemos Ao Evangelho. Original: Tim Challies – Cinquenta Tons de Pornografia
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.


Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/02/tim-challies-cinquenta-tons-de-pornografia/#ixzz2JwSF7Bs1

Fonte: VOLTEMOS AO EVANGELHO

Fonte via:
http://sofisma50tonsdecinza.blogspot.com.br/2013/02/50-tons-de-cinza-cinquenta-tons-de.html

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Você vai se espantar com este estudo sobre as mulheres que leem “Cinquenta Tons de Cinza”

Você vai se espantar com este estudo 

sobre as mulheres que leem 

“Cinquenta Tons de Cinza”

As leitoras apresentam maior propensão a certos 

problemas de saúde e relacionamento: saiba quais

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A versão cinematográfica da trilogia “Cinquenta Tons de Cinza” está prestes a chegar às telas, mas um estudo publicado ainda no ano passado sugere que as mulheres jovens que leram o primeiro livro da série são mais propensas do que as não leitoras a apresentar transtornos alimentares e a se envolver com parceiros que podem agredi-las verbalmente. Por sua vez, as mulheres que leram os três livros da série apresentaram maior tendência ao abuso de álcool e à busca de múltiplos parceiros sexuais.

O estudo foi feito pela Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, sob a coordenação da professora Amy Bonomi, que é doutora em serviços de saúde e mestre em saúde pública.

As tendências analisadas pelo estudo não são novidade: trata-se de riscos que já eram associados a relacionamentos abusivos como o dos protagonistas da trilogia. O que agora foi observado é que "as mulheres que já apresentavam comportamentos prejudiciais à saúde antes de lerem o livro, como distúrbios de alimentação, por exemplo, parecem tender a um agravamento dos traumas relacionados com esses comportamentos", destaca Amy, que, além de professora, é diretora do Departamento de Desenvolvimento Humano e de Estudos da Família na Universidade Estadual de Michigan. "Do mesmo modo, mulheres que ainda não manifestaram esses comportamentos problemáticos podem passar a manifestá-los depois de lerem ‘Cinquenta Tons de Cinza’, por influência da obra".

O estudo foi publicado no “Journal of Women's Health” [“Jornal de Saúde da Mulher”] e é um dos primeiros a investigar a relação entreriscos para a saúde e a leitura de obras de ficção popular que abordam a violência contra mulheres. Diversas pesquisas anteriores já tinham identificado relações entre programas violentos de televisão e atos violentos ou antissociais cometidos na vida real pelos seus telespectadores, bem como entre a leitura das chamadas “revistas de beleza” e a obsessão de seus leitores com a imagem do próprio corpo.

Participaram da pesquisa conduzida pela professora Amy Bonomi mais de 650 mulheres de 18 a 24 anos, faixa etária em que, segundo a responsável pelo estudo, acentua-se a busca de maior intimidade sexual nos relacionamentos. Em comparação com as participantes que não leram a trilogia, as mulheres que leram o primeiro volume apresentaram propensão 25% maior a sofrer violência verbal por parte do parceiro, 34% maior a ter um parceiro com tendência a persegui-las e 75% maior a ter feito dietas ou permanecido em jejum durante períodos superiores a 24 horas.

As mulheres que leram todos os livros da série se mostraram 65% mais propensas do que as não leitoras a ultrapassar cinco doses nas ocasiões em que bebem álcool, ocasiões estas que, em média, acontecem seis vezes por mês. 63% das leitoras também foram mais propensas a ter cinco ou mais parceiros sexuais ao longo da vida.

Bonomi declarou que não está sugerindo a proibição do livro nem questionando a liberdade das mulheres de ler os livros que bem entenderem ou de viver a própria sexualidade.

O que ela ressalta é a importância de que as mulheres entendam que os comportamentos de saúde avaliados no estudo são fatores de risco bem conhecidos quando se está em um relacionamento violento. Por isso, ela defende que, desde a escola primária, os pais e educadores mantenham conversas construtivas com as crianças sobre a sexualidade e a imagem do próprio corpo. Também podem ser benéficos, segundo ela, os programas de prevenção focados em evitar abusos nos relacionamentos e em analisar criticamente o conteúdo de livros, televisão, filmes, revistas e outros meios de comunicação.

"Nós reconhecemos que a representação da violência contra a mulher não é problemática em si mesma, especialmente no caso de representações que promovem o debate sério sobre esse tipo de caso", esclarece Amy Bonomi. "O problema é quando a representação reforça a aceitação do status quo em vez de desafiá-la".

Em sua versão livro, a trilogia “Cinquenta Tons de Cinza” já vendeu mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo. A expectativa é de grande sucesso de público também para a adaptação cinematográfica da obra.

Fonte: http://www.aleteia.org/pt/sociedade/artigo/voce-vai-se-espantar-com-este-estudo-sobre-as-mulheres-que-leem-cinquenta-tons-de-cinza-5843513853870080